COMENTÁRIOS - CAPÍTULO 1

Querid@s alun@s,
bom dia! Como perceberam, demorei um pouco para fazer esta nova postagem, pois quis esperar que o máximo possível de colegas pudesse expressar aqui suas impressões. Para não ficar repetitivo, vou resumir algumas reflexões, com base nos comentários de vocês, tudo bem?

Vamos lá!

O início de uma narrativa é sempre muito importante, pois, nele, são apresentados os personagens, o tempo e o espaço. A compreensão de tais elementos é fundamental para produzirmos significados sobre a história. No Capítulo 1 do livro que estamos lendo, apresentam-se de modo direto Bruno, sua mãe e Maria no espaço da casa, no tempo anterior à ida para a casa nova, distante de Berlim. Como vocês mesmos disseram, a casa é um espaço muito importante para Bruno, pois é o lugar do conhecido, das lembranças, de onde ele se sente seguro; Berlim, por sua vez, é a cidade onde estão os grandes amigos e seus avós, referências importantes na sua formação e na sua compreensão de quem ele próprio é. Ter de deixar a casa, sem maiores explicações, de modo repentino, é deixar seu lugar de segurança e afetos; é deixar, portanto, quem ele próprio é. 

No que se refere às emoções sentidas por cada um no momento da leitura, é importante lembrarmos que a literatura é também um lugar de empatia: ao nos identificar com a história, acabamos nos colocando no lugar dos personagens e sentindo suas emoções, sensações. Esse movimento de nos colocar no lugar do outro é um movimento de muita aprendizagem, pois acabamos nos transformando como seres humanos a partir de cada nova leitura, podendo ampliar nossa visão de mundo, nosso forma de sentir, nosso modo de nos relacionar com os outros e a vida.

Vamos relembrar o que cada um sentiu?

> Júlio - "pena"
> Pietra - "sentimento de adeus"
> Victória - "querendo saber mais o que iria acontecer", ou seja, curiosidade.
> Gabriel - "pena"
> Victor Hugo - "pena"
> Wendel - "decepção"  

Viram? Os sentimentos foram muito parecidos. Todos e todas, de algum modo, tiveram compaixão por Bruno, pois o menino está, no primeiro capítulo, tendo de deixar seu lugar de memória e de afeto, a casa. Nosso corpo, nosso cérebro, experimentando essa sensação provocada pela história, podem desenvolver em nós formas de sentir que, talvez, outras experiências do mundo real não poderiam.

Fiquem, nesse sentido, com uma importante reflexão do poeta português Fernando Pessoa:



Vamos ao capítulo 2? Espero vocês lá!

Abraço grande e saudades!
Prof. Tiago