Querid@s, bom dia!
Esperam que tenham passado uma boa semana! Fiquei MUITO feliz ao ver as respostas de vocês. Mais feliz ainda por perceber que estão progredindo na leitura. Isso é muito importante não só para o contexto da escola, mas para a vida de vocês!
Incentivem mais colegas a entrarem aqui e participarem das discussões! Seria muito bom.
Hoje, vou comentar as questões referentes ao capítulo 2, "A casa nova". Depois, postarei as ilustrações que me enviaram por email e farei uma nova postagem, sobre o capítulo 3, "O caso perdido".
Vamos lá?
1) As duas casas são cenários muito importantes na narrativa, pois apontam uma mudança, uma ruptura na vida de Bruno. Essa ruptura não tem a ver apenas com a mudança de espaço físico, mas com uma mudança na forma de enxergar a vida. É porque Bruno se muda de Berlim para o interior que tem a oportunidade de viver uma experiência muito profunda, que o fará entender o mundo de uma maneira muito diferente. A casa de Berlim é grande, localiza-se numa rua com muitas outras, fica próxima à casa dos amigos e dos avós. É, portanto, como já discutimos, um lugar de afeto, de memória para Bruno, um lugar com o qual ele identifica sua própria vida. A casa nova, porém, era isolada de tudo, no interior. Além de ser menor, não havia nela uma memória: era fria, sem vida, tanto que o narrador diz: "Quando [Bruno] fechava os olhos, tudo ao seu redor parecia simplesmente vazio e frio, como se ele estivesse no lugar mais solitário do mundo. No meio de lugar nenhum".
2 - A mãe de Bruno usa a palavra "luxo" porque, naquela época e na forma como sua família se configurava, com um pai sério e autoritário, era proibido que as mulheres tivessem opinião. Assim, poder se expressar era um "luxo" que a mãe não tinha. Ela usa a frase "Há pessoas que tomam todas as decisões em nosso nome." para se referir ao pai de Bruno, sem precisar identificá-lo ao filho, numa crítica implícita ao marido.
3 - O sentimento experimentado por Bruno é de uma grande tristeza, de uma angústia, uma indignação profundas. O trecho enfatiza as sensações do menino para expressar o quanto ele estava triste e indignado por todas as perdas sofridas com a mudança - um trauma em sua vida.
4 - O homem é o soldado Kotler. Ele causa medo em Maria por sua expressão séria, muito semelhante à do pai de Bruno, uma pessoa autoritária e rude.
5 - A janela é muito importante na história, pois simboliza um espaço de passagem entre Bruno e o outro, no caso, Shmuel. É por ela que ele descobre aquilo que, mais tarde, saberemos (nós, leitores) ser um campo de concentração nazista. A janela abre espaço, portanto, para uma experiência da alteridade, isto é, para o conhecimento do outro - processo que transformará por completo não só a vida de Bruno, mas a de toda a família, como se perceberá ao final!
E aí, vamos avançar mais na leitura? Confiram e comentem as próximas postagens também!
Grande abraço!
Saudades!
Prof. Tiago
Este 'blog' é uma iniciativa do Professor Tiago Cavalcante, do Departamento de Português do Colégio Pedro II. Seu objetivo é estreitar os laços afetivos com as turmas de 6º ano do 'Campus' Centro, além de contribuir para o desenvolvimento das competências de leitura e produção de texto das turmas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Despedida - por enquanto!
Queridos e queridas alunas, boa noite! Espero que estejam bem! Perdão por voltar aqui somente agora, mas tive problemas de saúde na família...
-
Querid@s, boa noite! Chegamos, agora, ao capítulo 5, no qual conhecemos um pouco melhor o antagonista da história, o pai de Bruno. O anta...
-
Querid@s, bom dia! Já vi que Gabrielle e Victória responderam às últimas reflexões sobre O menino do pijama listrado. Continuem, por favor...
-
Querid@s, conforme havíamos combinado na nossa primeira semana de aula, nossa leitura do 1º trimestre seria O menino do pijama listrado , ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário